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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Síndrome de Burnout em Professores

A valorização do tudo-sei pela repressão do não-saber.


Por Chafic Jbeili (24/11/2008)

"Tudo que sei, é que nada sei". Com esta afirmativa, Sócrates foi tido como falso-modesto. Suas explicações sobre a vida, o céu e a Terra; e tudo que havia entre estes não condizia com o nada-sei socrático. O sábio filósofo, entretanto, não fazia esta afirmativa em cima do que estava cônscio saber, muito menos sobre um saber natural, mas daquilo que ele sabia não saber.

Quando Sócrates recebeu do oráculo, o título de homem mais sábio de sua época resolveu averiguar se era realmente merecedor deste título. Se ele fez isto por puro narcisismo, por baixa auto-estima ou por mera curiosidade, não importa, a verdade é que, o jovem foi a campo pôr à prova o mérito recebido:

Sócrates arguiu os célebres sofistas, os ecléticos políticos, os eloqüentes poetas e até os habilidosos artesãos. Todos não souberam explicar o que aparentavam dominar, era um domínio artificial ou natural e espontâneo. Foi então que Sócrates chegou à conclusão que, é mais sábio o homem que tem consciência daquilo que não sabe, do que aquele que julga ser sabedor de alguma coisa.

Quantas pessoas não se enaltecem por causa de um dom ou habilidade como se tivessem plena consciência daquilo que fazem sem saber explicar como souberam fazê-lo? Afirmam-se no suposto saber e não admitem estarem equivocados ou ter necessidade de saber mais. Não dão o braço a torcer! Sustentam suas idéias e opiniões até o último momento e depois dizem que o problema está no receptor e não no transmissor ou na própria mensagem.

É na infância que o "não sei" começa ser reprimido pela negligência e impaciência dos pais aos "porquês" dos filhos. Na verdade, não é a curiosidade do filho que incomoda, mas a situação de ter o não-saber parental sendo provocado, revolvido eu diria.

É na escola que esta repressão ganha respaldo científico, pela valorização do "tudo sei". A cultura da prova e da avaliação quantitativa conduz a este pensar pouco construtivista. Aos debilitados, desatentos, desprivilegiados de memória, resta a infame "cola" escolar, semente do plágio acadêmico na universidade que se transformará na árvore da falsidade ideológica.

Quão mal pode fazer ao ego imaturo admitir a própria ignorância, o próprio não-saber? Valorizar o não-saber ao invés de se gabar de um saber natural ou de uma boa memória é uma demonstração de sabedoria e não de incompetência.

Por quê exatamente algumas pessoas temem dizer "eu não sei"? Medo de serem reprovadas nos testes? Ridicularizadas? Rejeitadas? Desrespeitadas? Eu, Chafic, realmente não sei.

É incrível como as pessoas elaboram respostas e manipulam palavras com a habilidade de um orador, político, poeta ou de um artesão na vã tentativa de tentar explicar o inexplicável ou aquilo que não se sabe ou, ao menos, mal consegue admitir não saber. O conselho oriental adverte: "Aquele que não sabe e não sabe que não sabe, ignora-o. Aquele que não sabe e sabe que não sabe, ensina-o. Aquele que sabe e sabe que sabe, siga-o!".

A melhor e mais sábia resposta ante um eventual não-saber é sempre um simples "eu não sei"; não como falsa modéstia, mas como expressão da verdade, naquele momento – E a verdade com amor, é sempre a expressão de respeito para com o outro – Reaprenda dizer "eu não sei"; em respeito ao outro, em respeito a você mesma e, experimente o poder do não-saber!

Como você vai fazer isso? Eu realmente não sei! Simplesmente experimente não ter que demonstrar saber tudo, inclusive o que julga saber.

Chafic Jbeili - www.chafic.com.br
chafic@chafic.com.br
Psicanalista e psicopedagogo
Presidente Sopensar - sopensardf.blogspot.com
Diretor-executivo ABMP/DF - www.abmpdf.com

CRPA-0603-04

Jogo do Alfabeto

Material:
- 1 placa de EVA 45x60 na cor preta de 5mm
- 1 placa de EVA 45x60 na cor preta de 2mm
- 3 kit’s 10x10
- 1 pacote de letras – tamanho médio
- Aplicações diversas – tamanho médio
- Caneta de tinta permanente cor preta ponta fina
- Cola instantânea
- Tesoura
- Lápis comum
Passo a passo
1. Dobre 3 laterais de cada pedaço de EVA 10x10 – mais ou menos meio centímetro e cole nos dois cantos da peça, para fazer os envelopinhos onde serão colocadas as figuras que irão corresponder a cada letra. Você irá fazer a quantia necessária para as letras do alfabeto que irá trabalhar.

2. Separe as aplicações que correspondem a primeira letra do alfabeto que você irá trabalhar e cole elas sobre o EVA preto de 2mm.
3. Recorte com a tesoura todas as peças, deixando sempre uma pequena margem para acabamento.
4. Utilize a caneta preta de tinta permanente para fazer o contorno de todas as peças.
5. Colar na placa de EVA de 5mm, os pedaços de EVA 10x10, de forma a fazer um envelope.
6. Na frente de cada envelope você deverá colar a letra do alfabeto.
7. Decorar conforme sua preferência.
Fonte: kreateva.com.br

domingo, 23 de outubro de 2011

Fala que eu te escuto!!

O poder terapêutico e preventivo de um desabafo!

Chafic Jbeili

Quem já não “engoliu sapo”, ficou com o “ovo atravessado” ou um “nó na garganta”?
Todas estas expressões populares indicam algo que você ouviu, não gostou e na hora não pôde ou não teve como reagir, responder à altura. Bem que queria!
Quando isto acontece, a emoção fica bloqueada e emoções bloqueadas não se dissipam, mas permanecem latentes, vivas dentro de nós como algo indigesto, tal qual um sapo, um ovo atravessado ou mesmo um nó de corda.
Emoções mal elaboradas fazem mal para a mente e afetam o corpo, como é o caso da gastrite, das úlceras, das coceiras, das quedas de cabelos entre outros fenômenos psicossomáticos.
Adquira o hábito do desabafo. Fale de suas mágoas, de suas raivas, de suas indignações ou mesmo escreva, às vezes pode ter o mesmo efeito!
O cerne da cura para as neuroses está no desabafo, que Anna, paciente dos doutores Breuer e Freud denominou “limpeza de chaminé” e “cura pela palavra”. Posteriormente as analogias de Anna ganharam do pai da psicanálise o nome técnico de Catarse.
Não importa o nome: desabafo, cura pela palavra ou catarse. O importante é você falar ou escrever sobre aquilo que te incomoda. Escolha uma pessoa de sua confiança, leigo ou profissional, mas não deixe de falar do que tem te incomodado. Isto alivia as tensões e previne uma série de transtornos psíquicos, físicos e sociais.
Canalize suas energias para atividades que te relaxam e te confortam, tais como a leitura, a escrita ou a produção de algum acessório, artesanato, arte ou iguarias da culinária, por exemplo. O importante é manter a mente focada em algo produtivo e prazeroso.
Outra atividade de extrema importância e efeitos cientificamente comprovados é a oração. Falar com Deus acalma os nervos, restabelece os níveis de cortisol (hormônio do estresse) a patamares saudáveis, liberando endorfinas e aliviando o sistema imunológico.
Angústia acumulada é doença na certa. Põe pra fora o que te incomoda na mente e no coração. Fale com um amigo, com um psicólogo ou com Deus, mas fale. Se possível com os três e fique bem, muito bem!

A genuína força nas mulheres

Chafic Jbeili - www.chafic.com.br

É incrível como as mulheres superam suas dificuldades e desafios de forma mais engendrada, silenciosa, produtiva, eficaz e duradoura do que os homens. E olha que não sou feminista nem machista, sou realista!

Há algum tempo eu ouvi dizer que nenhum homem suportaria vivo a dor de um parto. Esta afirmação me deixou curioso e fui pesquisar um pouco mais sobre a extraordinária força que há nas mulheres. Descobri muitas coisas interessantes que só me deixaram ainda mais fascinado por elas.

Eu já sabia que as mulheres têm mais neurônios do que os homens e talvez isto explique algumas coisas fantásticas no gênero feminino como, por exemplo, sua inteligência social, o sexto sentido, a sensibilidade aflorada e a grandeza humana, muitas vezes tão pouco explorados pelas mais jovens.

Eu li que se o mundo fosse governado por mulheres talvez não houvesse guerra, pois uma mulher não mandaria seus filhos para o campo de batalha e o mundo seria bem melhor para se viver. Elas argumentariam e fechariam grandes acordos, como as líderes mundiais da atualidade têm feito no âmbito governamental, militar, setor privado e ONG’s.

Assisti no Discovery Chanel que um dos maiores Faraós que o Egito conheceu por sua exímia administração de recursos, realização de grandes obras e gestão de pessoas era uma mulher.

Eu assisti um filme de faroeste onde o Xerife visitava uma velha amiga que estava enferma havia alguns meses e ele ficou perplexo ao ver a casa com as plantas mal cuidadas, poeira nos móveis, teias de aranha pelos cantos e tapetes sujos. Então ele soltou uma pérola: “Quando uma mulher adoece, sua casa adoece junto”, demonstrando assim como a salubridade e a manutenção da vida são íntimos ao gênero feminino e quão dependente nós homens somos delas.

Participei de uma tese em Teologia defendendo a importância da mulher para o crescimento da Igreja cristã e do cristianismo de um modo geral. A conclusão foi que se não fosse pelas mulheres da Bíblia tais como Lídia, Marta, Maria mãe de Jesus, Maria Madalena, entre outras tantas que sustentavam e zelavam por Jesus e pelos evangelistas, além de abrirem suas casas para acolher os novos convertidos nos cultos domésticos, dificilmente a Igreja cristã teria atravessado vinte séculos e se tornado uma das maiores religiões do planeta.

A Bíblia diz que na mulher reside o poder de edificar ou destruir o lar quando afirma no livro de Provérbios que “a mulher sábia edifica a sua casa, mas a tola a destrói com as próprias mãos”.

A história nos conta que as revoluções empreendidas por mulheres sempre foram mais produtivas e proveitosas para toda a humanidade do que as revoluções empreendidas pelos homens, que geralmente acabavam em atrocidades e destruições irreparáveis e grandes prejuízos humanitários e econômicos.

Observando algumas crianças brincando não é difícil perceber que o grupo das meninas está cuidando de seus bebês e preparando o alimento, enquanto os garotos disputam quem tem a espada mais poderosa, o carro mais veloz ou quem cospe mais longe. Quem você pensa ter mais futuro em um Estado democrático de sistema capitalista? Quem tem espírito cooperativo nato como as meninas ou quem tem espírito competitivo e territorial como os meninos? Quem sabe lidar com pessoas e aprendeu administrar conflitos ou quem corre mais e sabe cuspir mais longe? Não tenho medo de afirmar que à mulher pertence o futuro.

Lembrei-me da história de Mary Silver (1946) contada por Bonney Sheperd: Mary foi ameaçada de morte pelo marido alcoólatra e privada de ver seus quatro filhos caso voltasse a entrar na casa onde viveu aterrorizada por aproximadamente oito anos. Seu esposo disse que mataria os filhos um a um em cada tentativa de retorno dela. Mary que equivocadamente se achava fraca e impotente decidiu ir embora apenas com a roupa do corpo para não ver seus filhos mortos. Dotada de habilidades matemáticas tornou-se contadora de uma grande empresa. Tempos depois comprou uma casa e retomou a guarda de seus filhos, tornado-se exemplo para muitas mulheres “mães solteiras” de sua época e símbolo do que seria a mulher moderna: Mais batalhadora e menos dependente.

Se você é mulher e tem um grande problema a administrar, então as estatísticas e a história dizem que você tem tudo para transformar este problema em uma grande oportunidade de vitória, aprendizado e exemplo para si e para outras pessoas, inclusive mulheres.

Um homem para se tornar grande precisa de uma grande mulher ao seu lado, mas uma mulher para se tornar grande só precisa manter a sua fé em Deus e acreditar em si mesma. Lembre-se que há muito se ouve: “Ao lado de um grande homem há sempre uma grande mulher”, nunca o contrário.

Como sou grato às mulheres da minha vida: minha mãe, esposa, filhas, irmã, tias, primas, amigas, professoras, alunas e você leitora de minhas singelas mensagens. Como sou grato a você que tanto me incentiva e me motiva com seu retorno contendo palavras de apreço e valorização de meu trabalho. Como é bom atravessar a madrugada escrevendo algumas verdades sobre você, sabendo que irá ler logo pela manhã quando abrir seu e-mail. Eu sou muito grato a você, pois sua força e sensibilidade me dão ânimo para continuar fazendo o que faço, cada vez melhor.

Se você é mulher e eventualmente duvida de sua força, saiba que uma das mais célebres primeira-dama dos Estados Unidos, Eleanor Roosevelt, afirmou: “As mulheres são como saquinhos de chá: não se sabe sua força até serem jogadas em água quente”.
Portanto, aproveite a água quente para conhecer e mostrar a sua genuína força, pois superar desafios e dar a volta por cima é o seu natural, acredite!

sábado, 8 de outubro de 2011

Quem é a criança carente?

O termo "criança carente" abrange uma população de crianças que vai desde as crianças em risco até os infratores. Essas crianças podem ser enquadrados entre as crianças com problemas de aprendizagem por razões de ordem social, emocional e mental. A existência de condições miseráveis no ambiente familiar, escolar e social, aliadas à falta de condições mínimas de nutrição e de saúde podem provocar deficiências de ordem mental, emocional e de aprendizagem. Em geral essas crianças são membros de uma família numerosa, de baixa renda onde tanto o pai quanto a mãe trabalham e os filhos ficam em casa sob a guarda do irmão ou
irmã mais velhos ou mesmo numa casa vazia. Uma casa onde não existe água, luz e as paredes  são feitas de tábuas de madeira ou papelão. Por falta de condições econômicas essas crianças já nascem subnutridas e o ambiente onde vivem é bastante pobre em possibilidades necessárias ao desenvolvimento das funções mentais básicas.
O fato de a criança carente ter sido criada num ambiente totalmente deficitário no preparo para a vida acadêmica, aliado à metodologia inadequada da escola e à má preparação do professor, faz com que mesmo os assuntos básicos sejam inacessíveis a esses alunos. A sala de aula não exige criatividade, falta material de apoio e os professores, muitas vezes, desconhecem a problemática desses alunos, não têm formação completa e de qualidade e são mal remunerados.

No caso dos "meninos e meninas de rua" não existe mais o vínculo familiar. A criança reside permanentemente nas ruas. Num estudo realizado na cidade do RJ, cerca de 14,6% do total de crianças do estudo faziam parte dessa categoria. Dessas crianças, 73% são meninos, 80% admitem estar envolvidas com droga e 60% já foram presas. Entretanto, existem ainda dois outros grupos de crianças que podem ser classificados como grupos extremos: um grupo das "crianças em risco",  os que trabalham na rua, vivem com a família, porém a situação econômica da família pode  colocá-los na situação de "meninos ou meninas na rua"; e os "infratores" adolescentes com prática de atos infracionais como o crime ou a contravenção penal.

A História de Gabriel